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O lugar da subjetividade na era da inteligência artificial na saúde mental

  • Antonio Chaves
  • há 22 horas
  • 2 min de leitura
inteligência artificial na saúde mental

O que se perde quando a escuta vira dado?


A inteligência artificial está transformando o mundo — e a saúde mental não ficou de fora. Hoje, algoritmos já são capazes de detectar indícios de depressão pela entonação da voz, monitorar o humor de usuários por padrões de escrita e até sugerir intervenções terapêuticas com base em análise de dados. Mas onde entra a subjetividade humana nesse novo cenário?


A escuta que não pode ser automatizada


A escuta terapêutica é mais do que captar palavras. É compreender silêncios, entrelinhas, metáforas e histórias de vida. A relação entre terapeuta e paciente é um espaço de construção subjetiva que não se limita à lógica algorítmica. Quando uma IA propõe respostas com base em dados, há sempre o risco de ignorar o contexto, a dor e o sentido que o sofrimento tem para cada indivíduo.


O avanço da inteligência artificial na saúde mental


Plataformas baseadas em IA já são amplamente utilizadas para:

  • Monitoramento de sintomas via aplicativos;

  • Chatbots que oferecem apoio emocional 24h;

  • Softwares que fazem triagem automática de pacientes em redes de saúde;

  • Modelos preditivos de risco suicida.


Essas ferramentas têm seu valor: ampliam o acesso, reduzem filas, agilizam processos. Mas também levantam um alerta: a saúde mental pode estar se tornando um processo técnico, descolado do humano.

 

A subjetividade não cabe em planilhas


A dor psíquica é única. Duas pessoas com o mesmo diagnóstico vivem sofrimentos completamente diferentes. Um algoritmo pode identificar padrões, mas não pode substituir a escuta atenta, o vínculo terapêutico e a compreensão do que é verdadeiramente singular.


Além disso, há questões éticas delicadas: privacidade de dados emocionais, viés algorítmico, dependência de plataformas e a ilusão de que o sofrimento pode ser solucionado com respostas prontas.


Tecnologia como aliada, não substituta


O futuro da saúde mental não precisa ser um embate entre humano e máquina. Pelo contrário, a IA pode apoiar o trabalho clínico, trazendo informações complementares, facilitando o acompanhamento de pacientes e ajudando no diagnóstico precoce. Mas a essência do cuidado não pode ser automatizada.


Como escreveu Carl Rogers, um dos maiores nomes da psicologia humanista: “A pessoa mais empática é aquela que escuta sem julgar, sem interpretar, apenas compreendendo o outro como ele é.”


Como preservar a subjetividade na era digital?


  1. Use tecnologia com critério

Apps e ferramentas são recursos. Não substituem terapia.

  1. Escolha profissionais que valorizem o vínculo humano

A relação é tão importante quanto a técnica.

  1. Fique atento à sua autonomia

Nem toda sugestão de um algoritmo deve ser seguida cegamente. Você ainda é o protagonista da sua jornada.

  1. Pratique presença e autorreflexão

Em um mundo acelerado por dados, desacelerar é um ato de autocuidado.

 

O futuro da saúde mental será tão humano quanto permitirmos. E cuidar da mente é, antes de tudo, acolher a própria história — com suas dores, conquistas e complexidades que nenhuma IA pode mensurar.


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